terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Teorias de aprendizagem: Comportamentalista e Desenvolvimento cognitivo.

  


Por muito tempo, pesquisadores analisaram o processo de ensino e aprendizagem, enfatizando a apropriação do conhecimento. Diversas teorias foram postuladas sobre a apropriação de conhecimentos, dentre elas podemos destacar a comportamentalista e do desenvolvimento cognitivo.
A teoria comportamentalista foi desenvolvida por John Watson e consolidada por Skinner, tendo alguns pressupostos, onde o comportamento resulta em um processo de aprendizagem, e estes comportamentos podem ser condicionados por variáveis ambientais. Essa teoria consiste em condicionar um individuo de forma positiva ou negativa a realizar operações mediante a um estimulo externo. Os estímulos positivos podem ser premiações e recompensas por produzir um comportamento esperado, enquanto que um estimulo negativo pode ser uma punição para neutralizar o mau comportamento.
Figura1. Estimulo positivo. Fonte 
 

Figura2. Estimulo negativo. Fonte
Dentre os comportamentos observados existem o comportamento reflexo que é involuntário e o comportamento operante que determina a resposta de um individuo dependente da necessidade de ação. Sendo o condicionamento desenvolvido a partir dos comportamentos operantes.
No processo de controle das variáveis ambientais, Skinner desenvolveu a famosa “caixa de Skinner”, que condiciona o individuo a desenvolver comportamentos pretendidos através do reforço positivo, que consiste na premiação após uma ação objetivada, no reforço negativo onde choques elétricos cessam quando uma ação pretendida é realiada, e na punição quando dar-se choques elétricos em resposta a um mau comportamento.
A maquina de ensinar, desenvolvida por Skinner, é fundamentada na memorização e repetição, não considerando a interação social e técnica, implicando na realização de atividades baseadas em testes de múltipla escola e preenchimento de lacunas.
Por outro lado, Jean Piaget desenvolveu a teoria do desenvolvimento cognitivo onde se consideram vários fatores, e o aprender é interagir com o objeto de estudo construindo o conhecimento.
Segundo Piaget a aprendizagem ocorre por etapas, a primeira, assimilação, é caracterizada pela ação do sujeito sobre os objetos, conferindo-o significado ao ser humano em relação à estrutura dos objetos, em segundo a acomodação, é definida pelas transformações dos elementos já existentes na estrutura cognitiva em adição aos conhecimentos aprendidos, e por último, a adaptação, onde ocorre o equilíbrio entre os conhecimentos prévios e os novos conhecimentos adquiridos.
Figura3. Desenvolvimento de uma criança. Fonte
O desenvolvimento cognitivo é dividido em fases de acordo com a idade, a primeira observada até os 2 anos de idade, é chamada sensório-motor, onde o mundo da criança é representado por ações como chupar e olhar. A segunda fase, pré-operatório, a criança lida com imagens concretas e é limitada por problemas de concretude, irreversibilidade, egocentrismo e centralização, essa fase pode ser observada dos 2 aos 7 anos de idade. Dos 7 aos 11 anos de idade observa-se a fase das operações formais, onde a criança tem capacidade de lidar com múltiplas variáveis, trabalhando com objetos concretos, lida com símbolos, hipóteses, possibilidades. As operações concretas, observadas a partir dos 11 anos de idade, onde a criança tem capacidade recém-adquirida de realizar mentalmente, operações lógicas sem apresentar as limitações do estágio anterior.
A interação entre o sujeito e objeto é importante para o processo da apropriação dos conhecimentos, bem como a cooperação. A cooperação é a ação de dois ou mais indivíduos iguais, em relação social, visando o mesmo propósito, ajustando as atividades por meio de operações de correspondência e reciprocidade.

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