Toda pesquisa, todo trabalho, só pode ser
considerado uma peça do grande quebra-cabeça da ciência após ser divulgado. Uma
pesquisa desenvolvida, mas não publicada, não tem valor para ciência, e a
comunicação que ocorre entre os especialistas legitima os resultados
encontrados.
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Figura1. A escrita para divulgação científica. Fonte |
A ciência e a tecnologia se desenvolvem e
crescem a cada dia por publicações de cientistas, por incrementos tecnológicos,
e é caracterizada por possuir códigos particulares e manipulados por
especialistas, ou seja, uma linguagem própria, restrita àqueles que fazem parte
do círculo da ciência, e esses geram conhecimentos para o campo científico, e
para que esse conhecimento atinja a todos da sociedade, é necessário que haja
transposição para a divulgação e posterior impactos.
Nessa transposição de linguagem ocorrem
perdas, e a divulgação é uma vulgarização dos resultados obtidos. Além de haver
a transposição de linguagem, se a sociedade não estiver apta a compreender e a
fazer bom uso da ciência e da tecnologia, essa transposição de nada servirá,
logo, existe a alfabetização científica e tecnológica.
Dentro das escolas, existe uma hierarquia onde
o Ensino em Ciências é integrado à Educação em Ciências que fazem parte Ciência
Tecnologia Sociedade e meio Ambiente, todos integrados ao Alfabetizar
Cientificamente e Tecnologicamente. O ensino molda e aprimora conhecimentos em
ciências, seguindo procedimentos metodológicos, através da observação,
experimentação, leituras e resoluções de problemas, enquanto que a educação, que
contém o ensino em ciências, visa um conjunto de valores relacionados à moral e
a ética, atitudes críticas e reflexivas voltados ao campo das ciências e da
tecnologia.
Existe naturalmente um fenômeno conhecido como
sonambulismo tecnológico, onde as pessoas simplesmente aceitam as inovações que
nos são oferecidas, sem o direito de opnar ou decidir sobre questões de
desenvolvimento tecnológico, e a educação científica e tecnológica deve ter por
ideal reverter esse quadro.
O movimento CTS (Ciência
Tecnologia e Sociedade) surgiu com a perspectiva para uma reforma educacional,
simplificando, para uma organização curricular, onde apresentam-se varias
propostas voltadas para uma educação em ciências e tecnologia para todos os alunos
e cidadãos, integrando-os no contexto social para levá-los a compreensão dos
aspectos gerais do fenômeno científico-tecnológico.
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Figura2. Sociedade e seu desenvolvimento. Fonte |
O termo ‘’alfabetização científica e
tecnológica’’ tem uma ampla repercussão no ambiente escolar, envolvendo
professores e alunos. Segundo CHASSOT, o termo representa “o conjunto de
conhecimentos que facilitariam aos homens e mulheres fazer uma leitura do mundo
onde vivem”. Dessa forma os homens poderiam exercer seus papeis de cidadãos,
contribuindo para o desenvolvimento de sua comunidade.
A
tecnologia de um determinado país reflete no seu desenvolvimento industrial,
logo os países que possuem maior aporte tecnológico possuem maiores riquezas se
comparados àqueles países como poucos recursos tecnológicos, onde a manufatura
reside. Dessa forma, um país mais desenvolvido apresenta melhor qualidade de
vida, e no contexto capitalista tem amplo significado econômico, social,
cultural, politico e educacional.
Diante
desses fatores envolvidos, torna-se imprescindível considerarmos o ensino e a
educação em ciências para a população brasileira a fim de termos um
desenvolvimento, em todos os aspectos, melhorado.